terça-feira, 6 de março de 2018

Método Montessori na prática.


             Existe um ingrediente fundamental na metodologia de ensino montessoriana, que é a autoeducação. É a criança quem define seu próprio ritmo de aprendizagem, ou seja, é ela quem diz quando está pronta para o próximo passo. Como? Tendo à sua disposição diversos materiais que vão se tornando cada vez mais complexos à medida que ela demonstra interesse. O ensino das cores é um exemplo disso. O primeiro material ao qual a criança tem acesso contém apenas as cores primárias: azul, amarelo e vermelho. Depois de ter interagido o suficiente, ela passa para um segundo material, com onze cores. Quando se sentir preparada, interage com um terceiro material, com mais cores ainda, organizadas de acordo com uma gradação. É assim, passo a passo, que o conhecimento vai se aprofundando.

            Nesse processo os materiais disponíveis são de suma importância e muitos deles foram desenvolvidos pela própria Maria Montessori. O mais famoso é o cubo dourado, que materializa o sistema decimal. A ideia é que a criança possa manipular, sentir as diferenças entre unidade, dezena e centena – em termos de tamanho, de peso, de visão, adquirindo uma noção matemática por meio de uma experiência concreta.

             Outro ingrediente fundamental para a autoeducação é construir um ambiente que propicie a aprendizagem e a vivência. Por isso, na sala de aula, tudo fica ao alcance dos pequenos - mas de forma organizada, é claro. Existe a estante da linguagem, a estante da matemática e os materiais sensoriais. E em cada espaço desses, tudo fica arrumado de acordo com o grau de dificuldade. Quanto mais ao alto - no máximo na altura da criança - e à esquerda, mais fácil é o material, e quanto mais a direita e mais baixo, mais difícil. Essa sequência de dificuldade acompanha a lógica da própria escrita (que vai da esquerda para a direita), fazendo com que a criança entenda o espaço de uma forma bastante intuitiva. O que está mais alto, na altura dos olhos da crianças, é o que ela enxerga primeiro.        

          À medida em que progride, ela precisa se abaixar para acessar lições mais complexas.
Também por causa da autoeducação, as crianças são divididas em grupos, nos quais convivem com colegas de idades diferentes. Geralmente, as crianças ficam juntas de 1 a 3 anos, de 3 a 6, de 6 a 9 e de 9 a 12 anos e assim por diante. Isso porque o desenvolvimento não acontece de forma homogênea entre todas as crianças e as necessidades de cada uma variam de acordo com esse processo. Assim, elas podem conviver com outras crianças, com até 3 anos de diferença, que podem estar sintonizadas com as mesmas necessidades dela.

                  Outro ponto importante é que as escolas montessoriana
s adotam um currículo multidisciplinar, o que quer dizer que por meio de uma só experiência é possível trabalhar diferentes disciplinas. Ao aprender ritmo, aprende-se música e matemática junto, por exemplo.


1 comentário:

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