quinta-feira, 15 de março de 2018

Diferença entre o Método Montessori e o Método Tradicional




            O Método Montessori se baseia na crença de que cada criança possa aprender de forma espontânea todas as habilidades que requer para sua vida adulta.Nas escolas Montessori as crianças aprendem a escrever, a ler e a contar de uma forma diferente dos colégios tradicionais deixando que cada aluno descubra esses conhecimentos segundo vão se desenvolvendo suas habilidades  cognitivas e sem pressão.
            Como cada criança é diferente e tem um ritmo diferente, o papel dos professores do Método de Montessori também varia em respeito à educação tradicional. O professor observa e analisa a cada criança enquanto a criança vai descobrindo os conhecimentos por ela mesma e lhe dirige em direção aquelas atividades que possam potencializar seu desempenho o seu desenvolvimento de forma mais natural.
            Não existem castigos, não há competitividade entre os alunos, mas respeito ao desenvolvimento individual. Por isso, trata-se de um educação mais personalizada, apesar das aulas serem compartilhadas por crianças de todas as idades. Enquanto o aprendizado dos pequeninos se baseia no trabalho individual, já no primário se potencializa mais na aprendizagem em grupo.






terça-feira, 6 de março de 2018

Princípios do Método Montessoriano

Há três itens básicos que caracterizam a filosofia montessoriana:
- Educação para a paz: o que não significa um pacifismo subserviente, mas ativo, da construção de um cidadão que participe da sociedade e que trabalhe com foco no bem-estar comum. A escola montessoriana não se preocupa apenas em dar conhecimento, mas em como esse conhecimento vai ser utilizado na sociedade.
Educação é ciência: a pedagogia deve se basear em preceitos científicos capazes de respeitar as leis do desenvolvimento da criança e suas fases evolutivas.
Educação cósmica: o respeito à estreita relação entre a natureza e a sociedade humana, mantendo a harmonia da vida. É um princípio relacionado à espiritualidade, mas sem nenhuma conexão religiosa.



https://www.google.com.br/search?q=imagens+de+materiais+montessorianos&rlz=1C1CHBD_pt-PTBR783BR783&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=iXIwZzVVn8QShM%253A%252CLkbcL8cy1c7hlM%252C_&usg=__YaAzYLHQZ4jnU78jfInxGU54PbM%3D&sa=X&ved=0ahUKEwj8sqHyq9jZAhUO4VMKHSNnApEQ9QEIMjAE#imgrc=iXIwZzVVn8QShM:

Método Montessori na prática.


             Existe um ingrediente fundamental na metodologia de ensino montessoriana, que é a autoeducação. É a criança quem define seu próprio ritmo de aprendizagem, ou seja, é ela quem diz quando está pronta para o próximo passo. Como? Tendo à sua disposição diversos materiais que vão se tornando cada vez mais complexos à medida que ela demonstra interesse. O ensino das cores é um exemplo disso. O primeiro material ao qual a criança tem acesso contém apenas as cores primárias: azul, amarelo e vermelho. Depois de ter interagido o suficiente, ela passa para um segundo material, com onze cores. Quando se sentir preparada, interage com um terceiro material, com mais cores ainda, organizadas de acordo com uma gradação. É assim, passo a passo, que o conhecimento vai se aprofundando.

            Nesse processo os materiais disponíveis são de suma importância e muitos deles foram desenvolvidos pela própria Maria Montessori. O mais famoso é o cubo dourado, que materializa o sistema decimal. A ideia é que a criança possa manipular, sentir as diferenças entre unidade, dezena e centena – em termos de tamanho, de peso, de visão, adquirindo uma noção matemática por meio de uma experiência concreta.

             Outro ingrediente fundamental para a autoeducação é construir um ambiente que propicie a aprendizagem e a vivência. Por isso, na sala de aula, tudo fica ao alcance dos pequenos - mas de forma organizada, é claro. Existe a estante da linguagem, a estante da matemática e os materiais sensoriais. E em cada espaço desses, tudo fica arrumado de acordo com o grau de dificuldade. Quanto mais ao alto - no máximo na altura da criança - e à esquerda, mais fácil é o material, e quanto mais a direita e mais baixo, mais difícil. Essa sequência de dificuldade acompanha a lógica da própria escrita (que vai da esquerda para a direita), fazendo com que a criança entenda o espaço de uma forma bastante intuitiva. O que está mais alto, na altura dos olhos da crianças, é o que ela enxerga primeiro.        

          À medida em que progride, ela precisa se abaixar para acessar lições mais complexas.
Também por causa da autoeducação, as crianças são divididas em grupos, nos quais convivem com colegas de idades diferentes. Geralmente, as crianças ficam juntas de 1 a 3 anos, de 3 a 6, de 6 a 9 e de 9 a 12 anos e assim por diante. Isso porque o desenvolvimento não acontece de forma homogênea entre todas as crianças e as necessidades de cada uma variam de acordo com esse processo. Assim, elas podem conviver com outras crianças, com até 3 anos de diferença, que podem estar sintonizadas com as mesmas necessidades dela.

                  Outro ponto importante é que as escolas montessoriana
s adotam um currículo multidisciplinar, o que quer dizer que por meio de uma só experiência é possível trabalhar diferentes disciplinas. Ao aprender ritmo, aprende-se música e matemática junto, por exemplo.


Montessori e Família




                    



                     Um dos pilares da pedagogia desenvolvida por Maria Montessori é a preparação do ambiente da criança. Preparar um ambiente significa olhar para ele do ponto de vista dos pequenos e realizar as modificações necessárias para que as crianças possam ter liberdade e independência. Com base nessa ideia, utilizamos uma cama que fica muito próxima do chão, para que a criança não precise escalar a cama na hora de dormir. A partir disso, também, instalamos uma barra no quarto das crianças que estão aprendendo a andar, para que elas possam se tornar independentes de nós nessa ajuda e possam se exercitar sempre que quiserem com segurança. Colocamos um espelho, para que a criança se conheça.
                   Em outros cômodos também tornamos a vida da criança mais próxima de uma vida total e feliz: comida, água e bebidas apropriadas podem ficar ao seu alcance em pequenas quantidades, o banheiro pode ter um banquinho e um penico, para que a criança alcance a pia e possa utilizar o banheiro sem precisar do equilíbrio do encaixe no vaso sanitário e com o mesmo conforto que um adulto tem quando se senta para suas necessidades. A sala pode ter um cantinho da criança e, pensando no exercício de sua liberdade e de sua independência, precisa permitir o movimento. Por isso, é importante ensinar a criança a segurar da forma certa tudo o que quebra ou, enquanto ela é nova demais, modificar a localização de alguns pertences, para que corramos todos menos riscos. A ideia não é restringir a vida do adulto, como muito se coloca. Mas possibilitar a vida da criança, como faríamos, talvez, com um adulto que não enxergasse ou não pudesse caminhar. A criança é um habitante da casa, e deve ser respeitada.
                   Quando defendemos a preparação do ambiente da criança, não falamos de adaptação. Permita que repitamos: não falamos de adaptação. O ambiente da criança conforme a orientação de Montessori é o mais próximo possível do ambiente natural. Ambientes naturais são, por natureza, essencialmente baixinhos. Há água disponível na altura do chão, arbustos com frutas, raízes comestíveis, abrigo, tudo. Há toda uma vida que não chega à cintura de um adulto. Então, quando preparamos o ambiente para a criança, nós não adaptamos. Nós preparamos ou, no máximo, retornamos a aquilo que é natural para o desenvolvimento da criança pequena, e com o que convivemos por quase dez mil anos de civilização, sem contar os milhões de anos de evolução.

Materiais Montessorianos

Os materiais montessorianos são lindos e isso ninguém discute. Eles funcionam muito bem para aprender todo tipo de habilidade e conteúdo. São usados em escolas, clínicas e asilos
O material Montessori faz sentido em casa quando:
  • É de Vida Prática – os materiais de Vida Prática ajudam na independência da criança, e alguns podem existir em casa, mesmo que a criança esteja numa escola montessoriana. Vale a pena, por exemplo, ter uma bandeja com uma tábua, uma faca e um potinho para uma criança cortar frutas e vegetais. Outros materiais de Vida Prática também podem ser legais em casa.
  • Seu filho não está numa escola Montessori – nesse caso, você não vai usar todo o material, mas pode ter o material de Vida Prática e alguma coisa de Linguagem, Matemática, Sensorial e as extensões de Linguagem que chamamos de Conhecimento de Mundo (História, Geografia e Ciências) – se você estudar e aprender a usar esses materiais, eles podem ser um suporte válido para o aprendizado. Pode acontecer de eles conduzirem menos à autoeducação, porque o uso talvez seja mais direcionado, mas uma das coisas que eles fazem é tornar a lição de casa um momento mais agradável.





sexta-feira, 2 de março de 2018

Maria Montessori

         Maria Montessori é nossa precursora. Ela resumiu sua vida em uma frase, sucintamente relembrada por seu neto, Mário Montessori Jr.: “Eu descobri a criança“.  Ela é mundialmente conhecida por ter criado o método Montessori (chamado por ela de Pedagogia Científica) e ter revolucionado a forma como a criança é compreendida e respeitada. Em quase todos os países do mundo há escolas montessorianas e diversas iniciativas educacionais revolucionárias tiveram suas bases nas descobertas de Montessori. O recente documentário Educação Proibida figura diversas escolas montessorianas, entre aquelas que visita, e entrevista pelo menos cinco professores montessorianos.

           Formada, em 10 de julho de 1896, Dr.ª Montessori foi trabalhar na Psiquiatria.  Em diversas visitas a asilos, percebeu que o tratamento dispensado às crianças era desumano e, em sua busca por compreender as crianças e seu desenvolvimento, chegou aos escritos de Itard, acerca de Victor, o Menino Selvagem de Aveyron. Suas pesquisas sobre Itard a levaram a Séguin, estudioso das crianças portadoras de necessidades especiais e formas de tratá-las. Montessori encantou-se sobremaneira com as informações de Séguin sobre a sensibilidade sensorial da criança pequena e com os materiais que o pesquisador havia desenvolvido. Tão encantada que, manualmente, traduziu todo um livro de Séguin para o italiano, afim de absorvê-lo em sua completude. A partir do estudo da obra de Séguin surgiram muitos dos que seriam, mais tarde, os materiais de desenvolvimento, utilizados em salas montessorianas por todo o mundo.

https://www.google.com.br/search?q=imagens+de+materiais+montessorianos&rlz=1C1CHBD_pt-PTBR783BR783&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=FppqT7N2-4s1KM%253A%252CLkbcL8cy1c7hlM%252C_&usg=__ypYaVDOwGH3PTO2aIWoy1Ll8TZM%3D&sa=X&ved=0ahUKEwjymo3a6c3ZAhVjplkKHaREDjIQ9QEIOjAI#imgrc=wW-HpXxzb5dULM:


         Montessori envolveu-se com a Liga para a Educação de Crianças com Retardo (por forte que hoje nos pareça o nome, à época não seria considerado assim) e lá conheceu o médico Giusseppe Montesano, com quem foi escolhida para a co-direção de uma nova instituição: a Escola Ortofrênica. Ortofrenia é o nome que se dava aos processos de tratamento das necessidades especiais apresentadas pelas crianças. Nessa instituição, o trabalho prioritário era o treinamento de professores. Porém, na sala ao lado daquela destinada ao treinamento, ficavam as crianças retiradas dos asilos por Montesano e Montessori, e que eram, ao mesmo tempo, alunas e objetos de pesquisa.

Os mandamentos de Maria Montessori para deixar crianças felizes

"A primeira tarefa da educação é agitar a vida, mas deixa-lá livre par se desenvolver." Maria Montessori 1 - Lembre-se sempre de...